INFÂNCIA PERTO DO MAR
João nasceu em Angola e os pais tinham uma casa perto da
praia. Apesar de não se lembrar, sabe que o desde cedo se habituou ao mar. Já
em criança “ainda com bóias, eu e o meu irmão íamos para o mar. Assim que afastávamo-nos do
areal, o nosso cão, ia-nos buscar e trazia-nos aos dois para terra”.
Com uma mente muito virada para a sociedade, este
professor de educação física e director de turma numa escola, diz que a
vertente humana é importante e muitas vezes esquecida. Entende que o clube deve
motivar os alunos através do surf e confidencia-nos que disponibilizam tudo,
desde pranchas, fatos e as aulas, aos alunos do desporto escolar, desde que
tenham boas notas, caso contrario não há essa facilidade.
“A inserção do surf no desporto escolar, aqui, surgiu com um
convite por parte da Câmara de Cascais”. Há semelhança do que fez em outras
escolas por onde passou, João criou o núcleo de surf na escola onde lecciona. “Nas
escolas onde dava aulas, criava núcleos de desporto”. Havia o BTT, o skate, a orientação e uma vez por mês o levava
os alunos a fazerem surf, nas escolas longe da costa. Garante-nos que maior parte dos
estabelecimentos de ensino perto da
costa litoral têm no desporto escolar, núcleos de surf.
Apesar de ser um orgulho pessoal, com um grande
contributo seu, João ficou incomodado, quando à pouco tempo, na imprensa saiu uma noticia de que o Havai tinha colocado o surf no desporto escolar, “quando
em Portugal há já 16 anos que ele existe e não vi nenhuma menção a isso.”
O PRIMEIRO CLUBE DE SURF PORTUGUÊS
São Pedro do Estoril, 1961. Primeiro sessão de fotografias de surf.
Para trás ficam momentos de grande glória (que ainda não
se perderam), como o facto de na Praia de São Pedro, onde fica a sede Do Surfing
Clube Portugal, ter sido o primeiro local onde se realizou a primeira sessão de
fotografias de surf. Para a história fica também a praia onde o primeiro
surfista português Pedro Martins de Lima, surfou e continua a apanhar as suas ondas.
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